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Estudo realizado na região do acidente nuclear de 1986 concluiu que a radiação ainda prejudica o desenvolvimento dos seres nativos


Pássaros que vivem na região da Ucrânia em que ocorreu o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, têm o cérebro 5% menor que os outros pássaros da mesma espécie, conclui estudo da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Segundo os cientistas, a radiação consequente do acidente prejudica o desenvolvimento cerebral destes animais.
Durante doze dias, os pesquisadores analisaram 546 aves de 48 espécies, presentes em oito locais diferentes da zona de exclusão de Chernobyl. Foram registrados os níveis de radiação de cada lugar, com a ajuda dos dados do governo, e depois medidas as massas cerebrais de cada pássaro. Assim, os que viviam em áreas de maior radiação tinham, em média, 5% menos massa cerebral dos que os que viviam em locais menos contaminados.

A pesquisa também constatou baixos níveis de antioxidantes nos animais, o que pode ter contribuído para a diminuição do cérebro, apesar de esta teoria ainda não ter sido provada. Por outro lado, existe ainda a preocupação, não analisada no estudo, de outros orgãos das aves estarem ainda mais danificados, já que o cérebro normalmente é o último a ser afetado por ambientes extremos.
"Os resultados apontam para uma ampla escala de efeitos neurológicos originados da exposição crônica à baixa radiação. O fato de observarmos esse padrão em um grande número de aves é um fenômeno que pode ter importantes repercussões a longo prazo", explica o Dr. Timothy Mousseau, professor da Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, que liderou a equipe de pesquisa.
O estudo foi publicado na revista científica PLoS One.




Acessado em 23 de Fevereiro de 2011
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Cristais fosforescentes de baixo custo podem iluminar TVs




Produto desenvolvido nos EUA pode diminuir preço das tecnologias que usam diodos orgânicos emissores de luz (OLEDs)

por New Scientist
Estes cristais brilhantes na foto abaixo podem um dia iluminar a tela da sua televisão e ainda diminuir seus gastos com eletrônicos.
Desenvolvidos por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, os cristais podem brilhar em colorações azuladas, esverdeadas, amareladas ou alaranjadas quando expostas aos raios ultravioletas.
Os cristais fluorescentes podem ser usados para melhorar diodos orgânicos emissores de luz (OLEDs), que são encontrados em algumas pequenas telas de celulares, mas são caros demais para uso em telas maiores.
Atualmente, a tecnologia OLED requer pequenas quantidades de metal para emitir luz. Esses cristais necessitam apenas elementos orgânicos não-metálicos, reduzindo custos. Este é o primeiro material orgânico que brilha com fosforescência, um tipo de emissão de luz encontrado em tintas que brilham no escuro.



Acessado em 21 de Fevereiro de 2011


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Cientistas propõem experimento para testar Teoria das Cordas


[Imagem: quintic/Wikipedia]
     Uma equipe de físicos das universidades de Stanford, nos Estados Unidos, e College London, no Reino Unido, acredita ter descoberto uma forma de testar a até agora "intestável" Teoria das Cordas.
       A Teoria das Cordas foi desenvolvida para tentar descrever as partículas fundamentais e as forças que compõem o nosso Universo. Mas, até agora, ninguém conseguiu idealizar um experimento que possa avaliar se ela está correta ou não.

Teorias de Tudo

       A nova pesquisa, publicada na principal revista científica de Física do mundo, descreve a descoberta inesperada de que a Teoria das Cordas também poderia prever o comportamento das partículas quânticas entrelaçadas. Como esta previsão pode ser testada em laboratório, os cientistas acreditam ter encontrado uma forma de testar experimentalmente a Teoria das Cordas.
       Hoje, a física conta com duas teorias de altíssimo poder explicativo. A Mecânica Quântica explica o mundo das partículas atômicas. A Teoria da Relatividade explica todas as observações feitas em escala cosmológica.
       O problema é que as duas não se entendem e até hoje ninguém conseguiu unificá-las. Foi aí que começaram as chamadas "teorias de tudo", que tentam explicar o Universo do nível subatômico até os aglomerados de galáxias. A Teoria das Cordas é uma dessas teorias.
Entrelaçamento de Partículas
   Um dos fenômenos mais famosos da mecânica quântica é o entrelaçamento de partículas.Chamado de "ação fantasmagórica à distância" por Einstein, o entrelaçamento quântico faz com que duas partículas entrelaçadas influenciem-se mutuamente de forma instantânea, mesmo que elas sejam levadas para lados opostos das galáxias.
    Mas não é preciso tanto, e o entrelaçamento pode ser testado em distâncias muito pequenas. Desta forma, os cientistas propõem que a Teoria das Cordas pode fazer predições sobre o entrelaçamento quântico. O que se propõe fazer é testar essas predições.
       "Esta não será a prova definitiva de que a Teoria das Cordas é a 'teoria de tudo' correta, que está sendo buscada pelos cosmologistas e físicos de partículas. No entanto, será muito importante para os teóricos porque irá demonstrar se a Teoria das Cordas funciona ou não, ainda que a sua aplicação esteja se fazendo em uma área inesperada e independente da física," disse o professor Mike Duff, um dos autores da proposta.
Filosofia da Física
        De fato são áreas muito diferentes. O Dr. Duff e seus colegas acreditam ter encontrado uma identidade entre as fórmulas usadas para descrever fótons e partículas subatômicas e as fórmulas usadas para descrever buracos negros.
        A semelhança é meramente matemática, mas os cientistas acreditam que a ferramenta pode ser útil nas duas situações."Isto pode estar nos dizendo algo de muito profundo sobre o mundo em que vivemos, ou pode não ser mais do que uma mera coincidência," filosofa o professor Duff.
Teoria das Cordas
      A Teoria das Cordas, e a sua extensão, a Teoria-M, são descrições matemáticas do Universo. Elas foram desenvolvidas ao longo dos últimos 25 anos por teóricos que procuram conciliar a Teoria da Relatividade Geral e a Mecânica Quântica. A primeira descreve o Universo ao nível da cosmologia - o muito grande -, enquanto a segunda descreve o Universo ao nível da física das partículas - o incrivelmente pequeno.
       Um dos maiores problemas, especialmente da Teoria-M, é que ela descreve bilhões de universos diferentes e "qualquer coisa" pode ser acomodada em um ou outro dos universos da Teoria-M. Os cientistas não têm como testar qual das respostas que a Teoria das Cordas e a Teoria-M dão é a "correta". Na verdade, todas elas podem estar corretas e talvez vivamos em um Universo entre um número infinito de universos - veja mais na reportagem Descoberta solução matemática para outras dimensões.
       Até agora, ninguém foi capaz de fazer uma previsão, usando a Teoria das Cordas ou a Teoria-M, que possa ser testada experimentalmente para ver se as teorias descrevem adequadamente a realidade ou não.


Esta notícia foi publicada em 14/10/2010 no sítio www.inovacaotecnologica.com.br. Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.